Depois de muita luta pela reformulação de PCCR – Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos trabalhadores/as em educação da Rede Municipal de Matriz de Camaragibe, finalmente o documento fica pronto.
Muita leitura, discussão entre Técnico e Secretário de Educação, Secretário e Sinteal, Sinteal e Técnico, Secretário e Prefeitura, Sinteal e a categoria. Enfim, concluído.
Muita leitura, discussão entre Técnico e Secretário de Educação, Secretário e Sinteal, Sinteal e Técnico, Secretário e Prefeitura, Sinteal e a categoria. Enfim, concluído.
Chegando a data base, onde todos os trabalhadores/as devem receber um reajuste salarial, de acordo com o incremento da verba (FUNDEB), os trabalhadores/as em assembléia com o Sinteal, priorizaram a reformulação e implantação do PCCR, para pensar no reajuste após o impacto da folha de pagamento, portanto recebem os vencimentos do mês de maio sem reajuste, porque “não deu tempo implantar o Plano”, pelo atraso com que foram repassadas as informações para o técnico.
Então, chega terça-feira, dia 31 de maio, os trabalhadores/as em educação do município descobrem que a previsão dos vereadores é de não realizarem sessão na Câmara porque seria a 5ª sessão do mês, mas em assembléia, os trabalhadores haviam tomado a decisão de ir conversar com os vereadores, no intuito de conseguir que os mesmos realizassem uma sessão extraordinária para aprovar o PCCR.
Pois, o que deveria ser uma conversa civilizada, idealizada pelos educadores/as juntamente com o Sinteal – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, em assembléia geral, foi o mais bruto ato de selvageria (com todo respeito pelos animais selvagens), que já se pôde presenciar dos “representantes legais do povo de Matriz de Camaragibe”. Ou seja, do presidente da câmara, porque os outros 08 membros, estavam inexpressivos.
Quando os/as trabalhadores/as se concentraram em frente à Câmara de Vereadores, enquanto aguardavam a presidente do Núcleo Regional do Sinteal (Ana Gomes), que estava tentando informações junto ao Secretário, sobre o “paradeiro” do documento que decide sobre a vida do trabalhador/a em educação, o presidente daquela instituição, se dirige a porta da frente da câmara, como se fosse falar aos/as trabalhadores/as concentrados/as ali, mas falando ao celular, começou a falar palavrões, se referindo ao projeto de lei que não havia sido enviado ainda para apreciação.
Os trabalhadores ficaram indignados com a postura do presidente da câmara, que quando se dirigiu aos trabalhadores/as, perguntou “o que vocês querem?” Sem sequer tirar o celular do ouvido e é claro que ninguém respondeu, porque não estavam ali para ser tratado daquela forma. E os outros vereadores, que estavam em seus gabinetes, saiam pelas portas laterais e outros, mesmo passando entre os trabalhadores, não pediam sequer licença, nem os cumprimentava.
O que está faltando na Câmara de Vereadores de Matriz de Camaragibe para que ela represente de fato a população e não os gestores e a eles próprios?
Precisamos eleger verdadeiros representantes do povo. Alguém que possamos confiar-lhe o voto e acompanhar seus passos políticos, durante os quatro anos de mandato, alguém que possamos confiar naquela instituição, os nossos projetos. Para isso, é necessário que seja alguém que tenhamos um vínculo de no mínimo, trabalhar junto a ele nosso projeto e aí ficará fácil acompanhar, cobrar e trocar de políticos, se necessário depois de eleito dessa forma, evitando que nove homens passe 5 mandatos consecutivos, como é a história da Câmara de Matriz de Camaragibe.
Atualmente a Câmara é composta por dois prestamistas (vendedores ambulantes), um que no segundo mandato já se transformou em comerciante; um barbeiro, analfabetos, um herdeiro, um funcionário da educação da Rede Municipal de nível médio, um chefe da garagem do Município, um professor de nível superior, das redes Estadual e Municipal e por último, um político profissional, com uma experiência de cobrador de impostos da feira livre do município, que o levou para câmara de vereadores.