sábado, 15 de outubro de 2011

ACOLHIDA DOS VEREADORES DE MATRIZ DE CAMARAGIBE AOS EDUCADORES DA REDE MUNICIPAL

Depois de muita luta pela reformulação de PCCR – Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos trabalhadores/as em educação da Rede Municipal de Matriz de Camaragibe, finalmente o documento fica pronto.
Muita leitura, discussão entre Técnico e Secretário de Educação, Secretário e Sinteal, Sinteal e Técnico, Secretário e Prefeitura, Sinteal e a categoria. Enfim, concluído.

Chegando a data base, onde todos os trabalhadores/as devem receber um reajuste salarial, de acordo com o incremento da verba (FUNDEB), os trabalhadores/as em assembléia com o Sinteal, priorizaram a reformulação e implantação do PCCR, para pensar no reajuste após o impacto da folha de pagamento, portanto recebem os vencimentos do mês de maio sem reajuste, porque “não deu tempo implantar o Plano”, pelo atraso com que foram repassadas as informações para o técnico.

Então, chega terça-feira, dia 31 de maio, os trabalhadores/as em educação do município descobrem que a previsão dos vereadores é de não realizarem sessão na Câmara porque seria a 5ª sessão do mês, mas em assembléia, os trabalhadores haviam tomado a decisão de ir conversar com os vereadores, no intuito de conseguir que os mesmos realizassem uma sessão extraordinária para aprovar o PCCR.

Pois, o que deveria ser uma conversa civilizada, idealizada pelos educadores/as juntamente com o Sinteal – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, em assembléia geral, foi o mais bruto ato de selvageria (com todo respeito pelos animais selvagens), que já se pôde presenciar dos “representantes legais do povo de Matriz de Camaragibe”. Ou seja, do presidente da câmara, porque os outros 08 membros, estavam inexpressivos.

Quando os/as trabalhadores/as se concentraram em frente à Câmara de Vereadores, enquanto aguardavam a presidente do Núcleo Regional do Sinteal (Ana Gomes), que estava tentando informações junto ao Secretário, sobre o “paradeiro” do documento que decide sobre a vida do trabalhador/a em educação, o presidente daquela instituição, se dirige a porta da frente da câmara, como se fosse falar aos/as trabalhadores/as concentrados/as ali, mas falando ao celular, começou a falar palavrões, se referindo ao projeto de lei que não havia sido enviado ainda para apreciação.

Os trabalhadores ficaram indignados com a postura do presidente da câmara, que quando se dirigiu aos trabalhadores/as, perguntou “o que vocês querem?” Sem sequer tirar o celular do ouvido e é claro que ninguém respondeu, porque não estavam ali para ser tratado daquela forma. E os outros vereadores, que estavam em seus gabinetes, saiam pelas portas laterais e outros, mesmo passando entre os trabalhadores, não pediam sequer licença, nem os cumprimentava.

O que está faltando na Câmara de Vereadores de Matriz de Camaragibe para que ela represente de fato a população e não os gestores e a eles próprios?

Precisamos eleger verdadeiros representantes do povo. Alguém que possamos confiar-lhe o voto e acompanhar seus passos políticos, durante os quatro anos de mandato, alguém que possamos confiar naquela instituição, os nossos projetos. Para isso, é necessário que seja alguém que tenhamos um vínculo de no mínimo, trabalhar junto a ele nosso projeto e aí ficará fácil acompanhar, cobrar e trocar de políticos, se necessário depois de eleito dessa forma, evitando que nove homens passe 5 mandatos consecutivos, como é a história da Câmara de Matriz de Camaragibe.

Atualmente a Câmara é composta por dois prestamistas (vendedores ambulantes), um que no segundo mandato já se transformou em comerciante; um barbeiro, analfabetos, um herdeiro, um funcionário da educação da Rede Municipal de nível médio, um chefe da garagem do Município, um professor de nível superior, das redes Estadual e Municipal e por último, um político profissional, com uma experiência de cobrador de impostos da feira livre do município, que o levou para câmara de vereadores.

PROFESSOR, O ESPECIALISTA EM CONHECER

É mais que um hábito da sociedade, dizer que o professor é um eterno aprendiz. Essa idéia revela uma postura e uma certeza assumida por todos envolvidos na educação, porque não existe educador pronto e acabado, ele está sempre em construção. Ao sair da universidade, seu diploma e seus conhecimentos adquiridos por anos de estudos e esforços são, na verdade, a primeira das etapas, ainda que das mais importantes de sua formação, que se prolongará pelo resto da vida profissional.

Se em todas as profissões, hoje em dia, o aprendizado é contínuo, para quem seguiu a carreira de educador essa é uma condição inerente. Impossível pensar num professor que não continue a estudar e a pesquisar. O educador/a é um/a especialista em conhecer e ele não pode, jamais, perder essa sede.

É uma unanimidade na sociedade brasileira de hoje a idéia de que é preciso valorizar esse profissional, especialmente aqueles que atuam na educação pública. E uma maneira de transformar boas intenções em ações concretas é oferecer cada vez mais cursos de formação, de capacitação e de especialização. Não que isso complete tudo o que é justo oferecer ao nosso educador na atual realidade escolar, mas significa a manutenção de um princípio básico para o especialista em conhecer, que é, justamente, continuar a estudar e a se aprimorar. É disso que vive e se alimenta esse eterno aprendiz.

É essa identidade que deve voltar a espelhar a relação do professor com os estudantes. O professor pode estar alguns degraus acima, mas é tão aprendiz quanto seu aluno. Vive dificuldades semelhantes às deles em sua relação com o saber. A diferença é que ele é o “aprendiz modelo”, exemplo para seus estudantes. Por isso, talvez o maior sonho de todo educador seja conseguir despertar em seu aprendiz o desejo pelo conhecer.


A nossa responsabilidade é tão grande, mas tão grande, que faz medo pensar que a capacidade de raciocinar, de se expressar e até de sonhar, em algum momento da vida de quem freqüentou a escola, passa pelo trabalho de um educador, portanto, o educador é aquele que domina o que ensina, sabe criar um clima harmonioso na sala de aula e consegue contribuir com a transformação e/ou formação do/a cidadão/ã.


PARABÉNS PROFESSOR(A) !!!

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE !!!

A sociedade toda está falando que o Brasil precisa de uma educação pública de qualidade, de verdade. A família, o estudante, profissionais de educação, autoridades públicas, passando por ativistas de movimentos sociais e ONGs (organização não governamentais), empresários/as, sindicalistas, pesquisadores/as... já é consenso: nossa educação pública precisa melhorar. Como é que nós educadores/as do dia-a-dia na escola (professor/a, funcionário/a de escola, vigia escolar, motorista escolar, assessor de disciplina, merendeira/o, serviçal, agentes administrativos, coordenador/a pedagógico/a, diretor/a, estamos contribuindo com essa mudança?

Grande parte das creches e escolas públicas brasileiras não consegue oferecer uma educação que permita a crianças, jovens e adultos desenvolverem suas capacidades e potencialidades, apesar de haver exceções importantes, instituições que fazem um trabalho de referência para as redes públicas.

Por que será que toda instituição de educação pública não tem o mesmo desempenho? Não pode ser condição de trabalho, porque a verba é o FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o professor/a tem a mesma titulação. O que provoca esse genocídio na aprendizagem dos estudantes da educação pública?

Muitos falam com saudade de um tempo, lá no passado, principalmente os mais adultos, em que a escola pública era considerada de qualidade, mas esquecem que, nessa época a escola pública era para poucos. De quem eram os filhos que conseguiam chegar ao nível superior? No entanto, hoje, queremos que todos/as tenham acesso a creches e escolas, e também que elas ofereçam educação de qualidade.

Pois é, todos/as estão querendo qualidade na educação, mas que qualidade afinal? E quanto custa esses direitos previstos na legislação brasileira, em convenções e tratados internacionais? Estamos fazendo a lição de casa, participando de conselho escolar, conselho de educação, conselho do FUNDEB, Conselho de Alimentação Escolar, conselhos de crianças e adolescentes ?

Já se sabe que somente dinheiro não é suficiente para melhorar a qualidade da educação, mas também, sem a ampliação dos gastos com educação, aliado ao controle adequado da aplicação dos recursos, dificilmente a educação do país sairá do nível em que se encontra. Portanto, a sociedade precisa acompanhar o CAQi – Custo Aluno – Qualidade Inicial, um instrumento poderoso que permite dar passos concretos para uma educação de qualidade, que as nossas crianças e jovens merecem e necessitam.

Portanto, para isso se faz necessário acompanhar o gasto com educação. O país gasta muito ou pouco? É importante considerar o tamanho do desafio que o nosso país enfrenta para garantir o acesso e a qualidade da educação do seu povo, que é enorme.

Se faz necessário, porém, lembrar que em várias pesquisas nacionais e internacionais, o Brasil aparece como um país que não garante uma educação que permita o desenvolvimento das potencialidades de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Mais de 80% dos/as brasileiros/as apresentam dificuldades sérias de leitura, e cerca de 90% da população tem desempenho sofrível em matemática e em outros aspectos mais abrangentes da educação.

As pesquisas revelam ainda que a ampliação do acesso à educação no Brasil ocorreu tendo como base um modelo de baixo gasto por aluno, o que levou à diminuição do salário real do professorado, à precariedade das condições de trabalho, ao aumento do número de alunos por turma, ao aprofundamento das desigualdades educacionais (de renda, regionais, sociais, etc) e conseqüentemente à baixa qualidade que predomina na maioria das escolas públicas.

Como fazer educação de qualidade?


Em Matriz de Camaragibe, de acordo com a tabela salarial do PCCR – Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, o salário começa com o Piso inicial de nível médio, (que deveria ser muito acima), porém por conta de irregularidades existentes no município, não foi possível, e tem mais, professor/a não pode se aposentar, porque baixa salário. Como educar com qualidade diante dessa perspectiva?

O coordenador do FAPEN – Fundo de Aposentadoria e Pensões, que está aproximadamente há 16 anos, entende que só tem direito a integralidade e paridade, aqueles que se aposentaram de 2003 para trás. Baseado em que não se sabe. Conhece-se a Constituição que diz “tem direito a aposentadoria com paridade e integralidade, todo trabalhador que tenha 20 anos de contribuição e tempo ininterrupto no serviço público.

Para onde vão os 22% recolhido de cada trabalhador da educação de Matriz?

Será que a solução não está nas mãos dos matrizenses? Fazer uma retrospectiva da atuação dos “representantes” do povo na Câmara? Quais foram seus projetos? A quem de fato, eles representam? A maioria já há cinco mandatos consecutivos e também mudar de prefeito, é prefeita? A administração municipal nunca foi feminina, infelizmente, mas mesmo se fosse, o grupo é o mesmo. Nunca demonstraram interesse em educar. Por que continuam no poder?


É tempo de mudança. Vamos analisar as propostas de governo desses pretensos candidatos!!!